Arquivo do blog

sábado, 10 de julho de 2010

A História de Marcos & Jaimar

By Jaimar Martins
No ano de 1994, quando comecei a namorar o meu atual marido Marcos, fomos a uma festa de casamento da família dele e lá encontramos um rapaz tocando teclado e cantando maravilhosamente. A música nos seduziu para o salão e começamos a bailar. Marcos com seu jeito criativo e espontâneo simulou alguns passos improvisados. Ouvimos algumas pessoas comentarem nas mesas próximas: eles devem fazer dança de salão. Naquele momento, uma luz (daquelas de gibi infantil = ideia) se acendeu nas nossas mentes e nos perguntamos: vamos fazer dança de salão?
Na semana seguinte, eu fui à busca de uma academia próxima e foi assim que demos início a nossa jornada dançante. 
Nosso primeiro professor de dança era um boêmio chamado Ilmar cuja paixão era o bolero. A paixão dele era tamanha por esse ritmo que os demais ritmos faziam apenas figuração diante da estrela principal. E foi assim que  nos apaixonamos pela dança e, em especial, o bolero!!!
Em função da minha facilidade com a dança e admito que a minha postura mandona (e essa história se repete com as mulheres, em geral), no começo (e por um bom tempo), eu ouvi muitas e muitas reclamações do professor: “Você não pode conduzir”, “O homem é quem manda na dança”, “A mulher tem que se permitir ser conduzida”. Eu confesso que não me recordo o momento que eu comecei a deixar ele me conduzir, mas é de fato uma experiência maravilhosa. Abdiquei do comando (não só da dança, como de outras coisas também) e dançar com meu companheiro passou a ser uma verdadeira magia, pois nunca sei o que vai acontecer no segundo seguinte.
O meu perfeccionismo me proporcionou muitas chateações, reclamações, caras feias, entre outros momentos sem sentido. A minha sorte é que ele sempre foi tranqüilo e nunca se deixou abalar. Hoje, fico imaginando se ele tivesse desistido, em função dos meus momentos de chatice, como seríamos nós sem a dança?
Algum tempo depois, fomos convidados para participar de um grupo de dança chamado "Cia Dançart" e por quase 2 anos ensaiamos muito e fizemos muitas apresentações em Salvador de bolero, forró e gafieira. Neste período, nós passamos a realmente nos divertir com a dança. Íamos a bailes de quinta a domingo. Marcos era (ainda é) muito ciumento e não me deixava dançar com outros cavalheiros, exceto com o professor (e olhe lá!). Em função desse sentimento, ele não me deixava descansar durante os bailes e algumas vezes parávamos apenas para beber água... Era uma verdadeira maratona de prazer e dança!
Tenho muitas histórias para contar, porém não quero tornar esse texto um livro e a minha verdadeira intenção nesse momento é transmitir não somente o amor e entusiasmo que sentimos com a dança de salão, mas o quanto a dança faz bem aos indivíduos, pois além de nos ajudar a desligar dos problemas do dia-a-dia e nos proporcionar uma série de benefícios físicos, pode também nos ajudar a:

·         Ser mais paciente conosco e com os outros, afinal cada indivíduo possui um ritmo de aprendizado diferente;
·         Se entregar e permitir a troca de experiências, pois temos apenas a metade da receita, a outra metade é executada pelo outro;
·         Praticar a nossa gentileza e compreensão, pois na dança a dois esses componentes ajudam a manter acesa a chama da paixão;
·         Estimular o diálogo, aumentar a auto-estima e a motivação pela vida;
·         Exercitar a memória e adquirirmos mais coordenação motora, afinal são muitas as sequências de movimentos de pernas e braços;
·         Entre tantos outros aprendizados.

Eu quero muito que cada leitor deste blog tenha cada vez mais prazer com os momentos dançantes e muitos outros que a dança de salão venha a proporcionar-lhes!

Com carinho, Jaimar

Nenhum comentário:

Postar um comentário

www.sambaderuaecia.com.br