O início da história - Priscila e Junior(Aluizio)

Sempre tive vontade de aprender a dançar. Lembro que meu pai, até casar com minha mãe, adorava dançar, porém ela nunca quis aprender e eu cresci vendo meu pai dançar nas festas de família...

O tempo passou e foi na virada do ano 2004/2005 que vivenciei uma cena marcante: salão cheio, banda ao vivo e meu irmão e minha cunhada dançando samba de gafieira. Na hora, fiquei impressionada com o que estava vendo, pois meu irmão era do tipo “poste”, ou seja, não se movia pra lado nenhum! A cena ficou na minha cabeça e foi então que pensei: se ele conseguiu, qualquer um consegue.

Decidi que eu também poderia aprender, porém no ano de 2005 eu estava me preparando para casar e a ideia ficou apenas guardada dentro de mim. Casei em 2006 e após esse momento maravilhoso, recordo que num domingo qualquer, vendo a dança dos famosos, o despertar da dança ressurgiu e fui finalmente atrás de escolas. Na época, eu estava me associando a ACM de Osasco, quando numa das saídas da ginástica, pra minha surpresa, me deparei com uma aula de dança de salão e foi então que tudo começou.

Primeiro teve o processo de convencer o meu marido de irmos juntos. Após vencer esse primeiro obstáculo, fomos encarar um novo desafio e aqui, faço um grande parêntese, porque é uma nova experiência para o casal que sai totalmente da rotina de marido e mulher, e acredito que por vários aspectos vale muito à pena.

O primeiro ritmo que aprendemos foi forró. Acredito que por ser um dos primeiros ritmos e por termos praticado mais vezes foi o ritmo mais fácil, pelo menos no inicio. Nas primeiras aulas, além de tudo novo, a vergonha prevalecia e este é um detalhe muito importante, porque as pessoas que são “sem vergonha”, em geral, têm seus desempenhos melhores. É o que eu percebo, pois esta ainda é uma dificuldade pra mim.

Na dança de salão ou acredito que na dança como um todo, existe uma coisa chamada ritmo que eu fui apresentada e estou aprendendo até hoje. Porque sem ele, não adianta aprender os passos e saber se mover, se não for dentro do tempo certo da música (dançar também é cultura). Aos poucos, os primeiros passos foram saindo: frente e trás, abertura lateral, entre outros e fomos nos apaixonando pela dança. Confesso que quando decidi aprender a dançar, fui pensando no Bolero, pois acho maravilhoso (era o que meu pai geralmente dançava), apesar da maioria das pessoas acharem um ritmo a ser dançado por pessoas mais velhas. Depois, mais na frente, vou falar um pouco de cada ritmo e das minhas dificuldades com cada um.

Hoje, fazemos parte do que chamamos de “família da dança de salão”. Nossos professores e mestres: Paulinho e Zuleide, do qual temos total admiração e respeito pelo trabalho que desenvolvem e pelas pessoas que são, pois hoje somos todos grandes amigos. Amigos estes, que merece um tópico a parte neste blog, pois eles fazem da dança a nossa grande diversão (neste blog terá cada um seu espaço pra relatar suas experiências). Não posso deixar de agradecer em especial aos nossos amigos Uziel e Mirian que ficaram ao nosso lado logo nos primeiros passos. E a todos aqueles que hoje nos dão força, incentivo, apoio, paciência em nos ajudar nas complexidades de cada passo, eu agradeço sempre (Jai e Marcos, vocês moram em nossos corações e não poderia deixar de relatar aqui).

Bem, o desafio da dança é diário, pois nos superamos a cada passo, a cada ritmo. A finalidade deste blog é mostrar às pessoas que desejam dançar que é possível superar este “medo” de se soltar e ir à luta, ou melhor, ir pra dança, vencer o primeiro passo para que se possa dar o segundo, e vencer a timidez (isto, eu ainda estou em processo de conseguir) e ir em frente.

Com o passar dos anos, ganhamos mais uma professora Geisy, que veio somar nesta grande família (Prô não poderia deixar de agradecer pela paciência que você tem comigo). E com ela, veio o desafio da nossa primeira apresentação. Idealizada pelo nosso professor Paulinho e coreografada por ela cujo ritmo será a Salsa.

Foi assim que nasceu a idéia do blog, vendo a novela “Viver a Vida” que fala de superação. Despertou-me que a dança na minha vida é uma superação, pois se analisarmos o significado da palavra quer dizer: se superar, vencer, galgar, ultrapassar, subjugar. Daí vem o meu grande desafio: primeira apresentação em público. Pois é, pra mim é um mega desafio, pois além de estar aprendendo a dançar, será minha primeira apresentação pública na vida (alguém sabe o que é isso?).

Por isso, estou aqui pra mostrar que difícil é, mas não é impossível, estou dando um passo de cada vez, espero e acredito fazer isso da melhor maneira e me superar ainda mais (assim que me apresentar, eu relatarei e colocarei as evidências, afinal foi pra isso que criei o blog).

A dança hoje faz parte da minha vida, porque além da superação diária, da arte de dançar, ela nos distrai, tira o stress, nos faz rir, nos dá grandes amigos e companheiros, e como nosso mestre Paulinho diz: “tiramos uma onda”.
beijos
Pri e Ju